Alô! Aqui quem fala é Meucci

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Há alguns dias atrás, enquanto ouvia um programa de radio, ouvi o apresentador perguntar a um ouvinte: quem inventou o telefone? O ouvinte não sabia a resposta, então o apresentador deu a seguinte resposta: “Alexander Graham Bell, ele foi o homem que inventou o telefone”. Com todo respeito ao apresentador, será que isso é verdade ou é apenas mais uma das nossas tão conhecidas falácias?

Bell patenteou o seu telefone nos Estados Unidos no inicio de 1876, mas esta patente foi contestada repetidamente, aparecendo mais de um reivindicador para a recompensa de ser o inventor original do telefone. Além de gozar de uma boa recompensa, o inventor do telefone carregaria consigo a gloria de ser o responsável por um dos inventos mais usados e importantes para o mundo.


Dentre esses reivindicadores, Antonio Meucci, um emigrante italiano, arquivou em 1871 um requerimento no Gabinete de Patentes dos Estados Unidos, e tentou convencer o Sr. Grant, presidente da Companhia Telegráfica de Nova Iorque, a experimentar o instrumento. Uma doença, consequência de um ferimento devido a uma explosão a bordo de um barco, atrasou as suas experiências, e impediram que terminasse a sua patente. O instrumento experimental de Meucci foi exibido na exposição de Filadélfia de 1884, e atraiu muita atenção mas o modelo demonstrado não estava completo.


Porém, devido a dificuldades financeiras, Meucci apenas conseguiu pagar a patente provisória da sua invenção, e acabou vendendo o protótipo do telefone a Alexander Graham Bell, que em 1876 patenteou a invenção como sua. Meucci processou-o, mas acabou por falecer durante o julgamento e o caso foi encerrado.

Assim, Bell foi considerado durante muitos anos como inventor do telefone, mas o trabalho de Meucci foi reconhecido postumamente em 11 de junho de 2002 o Congresso dos Estados Unidos aprovou a resolução No. 269 na qual se reconheceu que o inventor do telefone foi, na realidade, Antonio Meucci e não Alexander Graham Bell.

Meucci não pôde viver o suficiente pra saber que a sua invenção seria tão popular. A falta de dinheiro o impediu de ter sua assinatura em sua própria invenção. Certamente não foi o primeiro e não será o ultimo, mas será eterno através de sua nobre invenção. Obrigado Meucci.

Esse tal livre arbítrio

quarta-feira, 21 de maio de 2008

É um dom ou uma maldição esse tal de livre arbítrio? Poxa! Escolher é algo meio complicado. Tanto poder concedido apenas por esse tal livre arbítrio.

Divina sensação em poder escolher entre o preto e o branco, entre o doce ou salgado, cinema ou teatro? E para os mais atiçados, loiras ou morenas? Ah como é bom escolher, melhor dizendo como é bom saber escolher, afinal de contas, todos têm o poder da escolha encravado em nossa essência, mas será que todos aprendem a usá-lo? Certo ou errado? Justo, injusto, leal, desleal e tantos outros antônimos possíveis para tentar dizer que cada passo, cada atitude se resume a uma escolha, escolha esta que se resume a duas opções, e o mais interessante, somos livres pra escolher o que quisermos.

Infelizmente, quando mais precisávamos desse tal de livre arbítrio, ele não estava lá. No momento em que nascemos. Quem não gostaria de poder escolher entre nascer inteligente ou não. Nós nascemos com o poder da escolha, mas não sabemos distinguir as escolhas certas e erradas. O certo de hoje outrora foi o errado, e como em um grande espelho a imagem de uma grande virtude pode em um piscar “universal” de olhos transformar-se em um reflexo de defeitos e enganos.

Não é uma questão de escolha tomar a atitude certa ou errada. Pelos exemplos que a humanidade vem dando, parece que não sabemos o que é o certo ou errado. Matar é errado mas se defender é certo, então não mate para se defender, mas não morra por não matar. Então mate! Não!!! Não é certo matar! Mas seria errado não lutar para viver.

Ah eu tenho o poder de escolha, mas não sei o que escolher. Enfim esse tal de livre arbítrio me parece uma ilusão. A única escolha que eu posso fazer é aquela que no momento me parece a certa, aquela que de certa forma vai me beneficiar. Será que minha opção de escolha se resume a algo tão egoísta? Não! Não pode ser assim.

Você que leu isso chegou ate aqui porque quis chegar. Teve a opção de parar no meio ou nem começar a ler. Acho ate que poderia continuar lendo, mas, eu utilizando-me do meu poder de escolha não quero mais escrever.

Por: Alan Batista

O Fusca e o Fuhrer

terça-feira, 13 de maio de 2008

"Amigos leitores, ultimamente tenho dedicado meus estudos a um período da história que muitos de nós preferimos esquecer, o período em que a Alemanha teve Hitler como fuhrer. Hitler aterrorizou o mundo inteiro com seus ideais pan germanico e seu anti-semitismo voraz, mas apesar das atrocidades cometidas, alguns benefícios foram trazidos a nação."


A mesma mente diabólica que comandou o holocausto judeu, provocou a 2ª Guerra Mundial e levou a Alemanha à ruína foi essencial para a criação do carro mais simpático e mais vendido no mundo - o bom e velho Fusca. Sem o apoio de Adolf Hitler a um carro popular para os alemães, o primeiro projeto do Fusca, feito por Ferdinand Porsche em 1932, ficaria até hoje na gaveta. E o carro que inspirou filmes como Se Meu Fusca Falasse e músicas sertanejas como Fuscão Preto simplesmente não existiria.

Embora jamais tenha aprendido a dirigir, Hitler era fã de automóveis. Ainda em 1923, quando o partido nazista lutava para chegar ao poder na Alemanha e sobrevivia com a contribuição de poucos membros, Hitler comprou um Mercedes. Criticado por colegas, ele justificou: "O automóvel é para mim um meio para um fim, pois torna possível a realização do trabalho diário". Depois de eleito, como nenhum político anterior, o líder nazista usava o carro para percorrer as longas distâncias entre suas tropas.

A idéia de elevar o prestígio do país com um carro puro-sangue alemão veio após o fiasco da Olimpíada de Berlim, em 1936, quando o velocista negro Jesse Owens pôs abaixo a teoria nazista de superioridade racial. Depois da competição, Hitler deu dinheiro de sobra para garantir sucessivas vitórias da equipe Mercedes nas pistas do Grand Prix - campeonato mundial disputado até 1949 e que antecedeu a Fórmula 1.

A obsessão de criar o "carro do povo" (volkswagen, em alemão) veio durante o curto período que Hitler passou na prisão, após a tentativa fracassada de derrubar o governo no golpe conhecido como Putsch de Munique, em 1923. Condenado a 5 anos, Hitler acabou cumprindo apenas 9 meses na cadeia de Landesberg. Lá, dividiu o tempo entre a leitura da autobiografia de Henry Ford (que também era anti-semita e adorava carros) e a tarefa de escrever suas memórias no livro Minha Luta. Nelas, Hitler fala em "quebrar os privilégios automobilísticos das classes mais ricas" e de quebra colher os dividendos políticos. Em 1933, quando ele foi eleito chanceler, a Alemanha andava a pé. Tinha apenas um automóvel para cada 100 habitantes, enquanto a vizinha França tinha um para cada 28 e os EUA, um para cada 6. Na abertura da feira automobilística de Berlim de 1934, Hitler discursou: "É uma triste constatação que milhões de pessoas boas e esforçadas sejam excluídas do uso de um meio de transporte que, especialmente aos domingos e feriados, poderia se tornar uma fonte de indecifrável alegria".


Porsche sob pressão

Enquanto o ditador convencia a Alemanha de suas idéias, o projetista Ferdinand Porsche tentava emplacar seus projetos. Ele criou o primeiro conceito de carro popular, batizado de Tipo 12, em 1932. O veículo já trazia as linhas básicas e o estilo inconfundível do Fusca, mas seu desenvolvimento foi suspenso por causa de dificuldades econômicas da Zündapp, empresa de motocicletas que o havia encomendado. Ao mesmo tempo, Porsche apresentou para a NSU, outra empresa de motos, o protótipo Tipo 34, que já seguia todo o design e a concepção mecânica do Besouro, apelido que o Fusca ganharia em todo o mundo. Foram fabricados 3 modelos do Tipo 34, mas a NSU também desistiu de levar a proposta adiante.

A recusa da NSU ocorreu pouco tempo após Hitler assumir o poder na Alemanha. Uma das primeiras ações do líder nazista foi anunciar o plano de construir as mais modernas rodovias de toda a Europa, além de lançar o tão sonhado carro popular. Ferdinand Porsche não se animou com o discurso, sobretudo porque tinha como sócio e amigo Adolf Rosenberger, alemão de origem judaica, e a postura anti-semita do chanceler não soava bem no escritório.

Em maio de 1933, porém, Porsche recebeu a visita do amigo Jacob Werlin, que havia se tornado consultor de Hitler para assuntos automobilísticos. Ele perguntou se o projetista não estava interessado em apresentar sua proposta de carro popular ao governo. Porsche ficou de pensar, mas Werlin ligou apenas 3 dias depois convidando-o para uma visita urgente a Berlim. Ao chegar, o projetista foi surpreendido por uma audiência com o próprio Hitler, no Hotel Kaiserhof. O ditador o felicitou por ambos serem austríacos e falarem o mesmo dialeto. Além disso, mostrou conhecer bem o projeto desenvolvido para a NSU e discursou sobre sua concepção de carro popular.

Hitler achava que o veículo deveria transportar 4 ou 5 adultos, atingir a velocidade de 100 km/h, manter uma média de consumo de 14 quilômetros por litro e custar qualquer preço, "desde que abaixo de 1000 marcos imperiais", destacou em tom autoritário a Porsche. É curiosa a maneira nada ortodoxa como o ditador chegou ao valor: seus assessores calcularam que um modelo americano Buick custava em média 1,5 marco por quilo. Como o protótipo da NSU pesava cerca de 660 quilos, eles deduziram que o preço deveria ser de 990 marcos. Naquela época, o DKW Front, automóvel mais barato da Alemanha, era vendido a 1600 marcos.

A conversa, que deveria ser informal, tornou-se uma armadilha para Porsche, que teve que se comprometer definitivamente com o projeto do Volkswagen. Ele ainda tentou contestar o preço do automóvel, assim como a prestação de apenas 20 marcos mensais que Hitler havia exigido. Mas foi puxado de lado por Werlin, que já percebia o princípio de irritação do chanceler. "Vamos discutir esses pequenos problemas mais tarde", teria dito Werlin a Porsche.

Sem alternativa, o projetista aceitou a missão. Nos dois primeiros anos do projeto, trabalhou sem receber honorários. Além de dar o calote em Porsche, Hitler mostrou-se irredutível quanto às exigências da conversa inicial, principalmente com relação ao valor do automóvel.

Em 12 de outubro de 1936, Porsche entregou 3 protótipos para serem testados e homologados. A princípio, estava acordado que o governo cederia às 4 maiores montadoras do país o direito de produzir e vender o veículo. Contudo, em meados de 1937, o regime nazista anunciou a construção da Volkswagen, uma fábrica estatal. Porsche virou executivo-chefe da organização.

O próprio Hitler colocou a pedra fundamental na fábrica, erguida com fundos levantados pela frente de trabalho alemã, a Kraft durch Freude (KdF, em alemão "a força pela alegria"), organização controlada pelo partido nazista. Por causa disso, o carro foi batizado como KdF-Wagen.

Ficou decidido também que o veículo seria vendido diretamente aos clientes. O interessado deveria pagar 5 marcos semanais na forma de selos, e só receberia o veículo após 4 anos, quando a cartela estivesse completa. Mais de 175 mil trabalhadores alemães aderiram à proposta. Nenhum deles jamais colocou as mãos em um automóvel: o início da 2ª Guerra, em setembro de 1939, interrompeu a produção.


O Fusca vai à guerra

Após o início dos primeiros conflitos, a fábrica da Volkswagen foi requisitada para o esforço de guerra. Com isso, o governo solicitou a Ferdinand Porsche a construção de um veículo militar desenvolvido sobre a plataforma mecânica do Fusca. A resposta veio em poucas semanas, com o jipe Kübelwagen.

A produção começou em fevereiro de 1940. Mais de 55 mil unidades foram feitas durante a guerra. Elas atuaram com sucesso na ofensiva alemã, da Rússia ao deserto do Líbano. O comandante nazista Erwin Rommel ficou tão impressionado com o modelo durante a ocupação da França que, ao ser incumbido da campanha no norte da África (com a divisão Afrika Korps), insistiu para que boa parte de seus veículos fosse substituída pelos fuscas de guerra. "No deserto, o Kübelwagen passa onde um camelo mal consegue andar", disse ele. As unidades capturadas também faziam sucesso entre os americanos, que tinham um manual que ensinava a usar e preservar o Volkswagen.

O sucesso levou Porsche a desenvolver variações do projeto: foram feitos Kübelwagen com aros para se locomover em estradas de ferro; e uma versão especial para o Afrika Korps, com pneus em formato de balão, que ajudavam a enfrentar o deserto do Saara.

Mas o preferido pelas forças alemãs era o Schwimmwagen, o Fusca anfíbio. Ele enfrentava todo tipo de terreno e navegava a até 10 km/h. Com isso, permitiu um rápido avanço das tropas alemãs na frente russa, apesar da neve. Destinado principalmente à elite nazista, o Schwimmwagen teve produção de 14.283 unidades durante a guerra.

A fábrica da Volkswagen não produzia só veículos militares. Dela saíam componentes dos aviões Junkers e dos mísseis V1 "Doodlebug" (a bomba voadora). Em 1944, um ataque aéreo destruiu dois terços das instalações e deixou 73 mortos, a maioria prisioneiros que faziam trabalho forçado. No ano seguinte, Hitler faria num Fusca a última viagem de sua vida. Por achar que o veículo chamaria menos atenção que sua habitual limusine Mercedes, ele o escolheu para ir a seu esconderijo em Berlim, onde cometeria suicídio. Já Ferdinand Porsche, ao final da guerra, foi detido como suspeito de ser nazista, mas liberado logo depois. Em 1945, voltou a ser acusado de crime de guerra e preso. Levado a Paris, os franceses o condenaram a trabalhar no desenvolvimento do Renault 4CV, um concorrente francês do Fusca. Porsche só conseguiu ser inocentado de vez em 1949, já com 75 anos de idade. Morreu dois anos depois, não sem antes criar os carros esportivos que ainda hoje levam seu nome. Com o fim da guerra, em 1945, a frente de ocupação britânica assumiu a fábrica, que foi reconstruída e voltou a produzir o Fusca para uso civil, batizado agora como Volkswagen Sedan. A autonomia da produção só foi devolvida aos alemães em 1950. Nas 5 décadas seguintes, Hitler viraria a personalidade mais odiada do século. Já o Fusca alcançaria o tão almejado plano do ditador alemão de conquistar o mundo. Sua produção alcançaria 21,5 milhões de unidades, um recorde que jamais foi atingido por outro automóvel.


Por: Paulo Santana
Fonte: Revista Super Interessante

Livro de Hitler pode ser republicado na Alemanha

sexta-feira, 9 de maio de 2008

O historiador Horst Möller, diretor do Instituto de História Contemporânea de Munique, gostaria de ver Mein Kampf republicado em forma de edição acadêmica, acompanhado por anotações abrangentes. "Enquanto o livro não estiver disponível em edição cuidadosamente anotada, não vão cessar as especulações, muitas das quais simplistas, sobre o que o tomo de fato contém", disse Möller. "Uma edição acadêmica poria fim aos mitos que cercam Mein Kampf".

O livro, escrito enquanto Hitler estava servindo uma sentença de prisão por uma tentativa de golpe de Estado em 1923, foi ao prelo originalmente em 1925. Nele, o futuro ditador expõe sua visão de mundo e a ideologia do nazismo, misturadas a detalhes autobiográficos e a tiradas contra os judeus e outros grupos. O livro está amplamente disponível em diversos países, entre os quais o Reino Unido e os Estados Unidos, mas não pode ser publicado na Alemanha.

Ao contrário da crença popular, o trabalho não é proibido pela censura na Alemanha. Em lugar disso, seus direitos autorais são propriedade do governo estadual da Baviera, que assumiu os direitos detidos pela Eher-Verlag, a principal editora do partido nazista - entre os quais os de Mein Kampf -, como parte do programa de erradicação do nazismo imposto pelos aliados vitoriosos depois da guerra.

Como detentor dos direitos autorais, o Estado vem recusando permissão para que o livro seja publicado, sob a alegação de que serviria para promover o extremismo de direita. O Ministério do Exterior alemão recomendou repetidas vezes que o livro não seja publicado, por medo de prejudicar a imagem do país no exterior.

Möller afirma que pediu autorização repetidas vezes ao Ministério das Finanças bávaro, que controla os direitos autorais, para a produção de uma edição acadêmica, mas nunca conseguiu licença. O governo bávaro no passado tomou medidas legais contra a publicação do livro em outros países, por exemplo a Suécia, em 1992, e a Polônia, em 2005.

Mas o Estado não conseguirá manter essa situação por muito tempo. Em 2015, terão passado 70 anos da morte do autor, Adolf Hitler, e o direito autoral expirará, nos termos das leis padronizadas de propriedade intelectual. A partir dali, qualquer um poderá publicar Mein Kampf.

"Haverá número suficiente de editoras interessadas em vendê-lo, quando essa hora chegar, e o sensacionalismo será inevitável", afirmou Möller, segundo o qual seria melhor produzir uma edição anotada explicando por que Hitler estava errado agora do que esperar pelo dilúvio de edições comerciais sem anotações.

Mas o Ministério das Finanças bávaro está aderindo à sua orientação original, pelo menos por enquanto. O ministério informou que continuaria a vetar a publicação do controvertido texto. "Em termos de administração (dos direitos da Eher-Verlag), o Estado da Baviera assumiu uma posição restritiva nas últimas décadas", escreveu a porta-voz Judith Steiner em mensagem de e-mail. "Não foi concedida permissão para que as obras completas fossem publicadas, na Alemanha ou no exterior, com a intenção de prevenir a distribuição da ideologia nazista".

A mensagem acrescenta que a posição do Estado se baseia em "responsabilidade e respeito pelas vítimas do Holocausto, para as quais a republicação representaria uma afronta... ao que sofreram". Ao contrário de Möller, o Ministério das Finanças bávaro não acredita que uma edição acadêmica anotada seja útil. "É possível para os historiadores que desejam estudar Mein Kampf criticamente fazê-lo por meio de trabalhos anotados já publicados", afirma a mensagem.

Outros acadêmicos tampouco se deixam convencer de que republicar o livro seja boa idéia. "Acredito que a idéia seja absurda", disse Wolfgang Benz, diretor do Centro de Pesquisa sobre o Anti-Semitismo, em Berlim, à Spiegel Online. "Como se poderia anotar um monólogo de 800 páginas que expõe a visão de mundo insana de Hitler? Depois de cada linha seria preciso escrever que Hitler estava errado, que Hitler estava completamente equivocado, e assim por diante".

O argumento de que é melhor publicar uma edição acadêmica agora do que esperar por edições sensacionalistas não se sustenta, na opinião dele. "Os neonazistas e extremistas de direita vão publicar o livro de qualquer forma, quando os direitos autorais expirarem", diz. "E ninguém vai comprar uma edição acadêmica por centenas de euros quando pode comprar uma versão de bolso publicada por uma editora de direita ao preço de apenas dois ou três euros".

Ele aponta que o livro está livremente disponível, com o texto integral, em sebos, bibliotecas e na Internet e muitas famílias ainda dispõem de cópias. "Quem quiser lê-lo, não encontra dificuldades", disse. "O texto não desapareceu".

Por: Paulo Santana

Fonte: Internet

Simplesmente Mulher

quarta-feira, 12 de março de 2008

"Homenagem do Gnose Bahia no dia internacional da mulher as nossa mulher brasileira."

Há algum tempo atrás alguem disse que ao lado de todo grande homem existe uma grande mulher, mas será que isso não é o contrario?

Até quando as concepçôes machistas não mudaram os verdadeiros sentidos das atitudes? Onde começou esse poderio masculino sobre o mundo? Onde? Quando? Ali? Talvez? Será? Quetionamentos a parte, pode-se afirmar a todo peito:''A era das mulheres começou''.

Aquecimento global, terrorismo, queda do dólar, mas a ligação telefônica mais importante para muitos homens de hoje é aquela em que ele diz: ''oi amor você ta bem?''.

Não estou querendo ser feminista nem tão pouco sou gay, mas de fato ''tá dificil sem elas''. De donas de casa a donas de si, da cozinha ao escritorio, mas não pra ficar de pernas cruzadas a frente de um homem, mas agora para organizar, gerir, ser a tal . . . e de quebra ajustar a maquilagen nas horas vagas.

É caro leitor, ela vai tomar seu lugar, e não vai achando só porque es pedreiro ou soldador que ela não vai te ''incomodar'', se prepare, elas chegaram e com ânimo e vigor alimentados por um ''mundo'' de repressoes aos seus estilos.

Mas não se esqueça, são mulheres. Lindas ao seu modo, inteligentes, companheiras, amigas, perfumadas entre tantas qualidades, e mesmo depois de um longo dia de trabalho, ela vai chegar em casa, vai te dar um forte abraço, milhões de beijos e sabe o que você vai fazer? Nada! Isso, nada, porque você, assim como eu é apenas um homem, nada mais.

Ahhh! Algum dia alguém também disse que Deus fez a mulher para o homem. Nada . . . Deus fez o homem para o mundo, e a mulher para tomar conta dele.

Por: Alan Batista

Meditar é preciso

domingo, 24 de fevereiro de 2008

A técnica milenar, desenvolvida na índia e já é incorporada no Ocidente, faz com que a mente se dirija para um foco específico. O exercício constante de se entregar à interiorização traz benefícios também para o corpo.

Você acha que a meditação é uma pratica restrita e com ares meio esotéricos? Está mais que na hora de rever essa idéia. A técnica pode e deve ser incorporada às atividades do dia-a-dia. Afinal, é uma ótima aliada para treinar o controle e a concentração da mente, para viver um momento de cada vez e, ainda, estimular a saúde e bem-estar geral do organismo. Ou seja, ela possibilita entender o funcionamento da nossa mente e discernir melhor as situações, o que nos leva a um estado de concentração total. A meditação melhora a qualidade de dos pensamentos e sentimentos, entre eles a compaixão e a empatia. “com a pratica regular, pode-se gerar alterações cerebrais positivas”, diz Eleonora Issler Marsiaj, instrutora de meditação na Associação Palas Athena, de São Paulo.

Principais técnicas

As duas principais técnicas, que podem ser feitas ao sentar ou ao caminhar, desenvolvem a atenção e transformam as emoções destrutivas. A instrutora da Palas Athena afirma que, ao se acomodar de forma estável e confortável em uma almofada ou cadeira, há um “aquietamento” do corpo com a atenção em um interesse escolhido. O foco pode estar na respiração ou na visualização de um símbolo, imagem ou mantra. “Há uma técnica de meditação caminhando, em que a concentração está no ato de andar’’afirma”.

Respiração e postura

Quando meditamos, precisamos dedicar atenção máxima à respiração e à postura corporal. A instrutora afirma que a respiração consciente, regular e pausada, acalma o corpo, revigora o sistema imunológico, tranqüiliza a mente, volta-se para o agora e identifica os padrões mentais recorrentes. “A respiração apresenta três fases: baixa ou abdominal, média ou torácica e alta no alto dos pulmões. A maneira correta de se respirar é expandir inicialmente a parte baixados pulmões como se enchêssemos um copo com água. De forma inversa, ao esvaziar o copo, o volume da água vai diminuir de cima para baixo. Para se respirar de maneira correta, é necessário manter a postura adequada. Com a coluna alongada e o queixo levemente retraído, como se tivesse um fio invisível puxando o topo da cabeça.

Ambiente ideal

Para quem nunca meditou e quer se acostumar com a técnica, a melhor opção é um local tranqüilo, “depois de se familiarizar, leva-se a meditação para o cotidiano, e o ato de lavar uma xícara de café, por exemplo, será motivo para aplicar a essência da pratica”.

A pratica é boa porque . . .

. . . auxilia na liberação de endorfina, um forte tranqüilizante que provoca a sensação de alegria e bem-estar

. . . diminui a produção de adrenalina e cortisol, hormônios secretados em situações de estresse, e de radicais livres, substancias que atuam no envelhecimento.

. . . aumenta a auto-estima, o poder de concentração, a capacidade para aprender coisas novas e o poder do raciocínio. Isso porque o fluxo sanguíneo aumenta na região do cérebro que comanda essas funções.

. . . estimula a tolerância. Meditadores estão mais preparados para lidar com situações difíceis e conseguem se relacionar melhor com os outros.

. . . fortalece o sistema imunológico, que fica mais resistente a doenças psicossomáticas, como gastrite e enxaqueca, e a doenças auto-imunes, como esclerose múltipla e artrite reumatóide.

Por: Alan Batista

O por que do ódio do Oriente Médio aos EUA.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Criada no início da Guerra Fria, a CIA se especializou em sabotar e derrubar governos.

Quando a Segunda Guerra acabou, em 1945, os americanos tinham mostrado ao mundo o alcance de seu poderio militar, selando o destino da Alemanha nazista na Europa e tirando o Japão de combate no Pacífico. Entretanto, enquanto os soldados dos Estados Unidos haviam vencido no campo de batalha, os espiões americanos tinham colecionado fracassos, mostrando-se inferiores aos agentes britânicos, russos e alemães. Para um país que pretendia conter a crescente influência da União Soviética, era preciso investir num recurso decisivo: informação.

Foi pensando nisso que o presidente americano Harry Truman criou a Agência Central de Inteligência, a CIA (sigla para Central Intelligence Agency), em 1947. Tudo o que ele queria era saber o que acontecia nos países do bloco socialista. A missão incluía, é claro, infiltrar agentes na União Soviética. Mas os diretores da agência logo perceberam que isso era quase impossível – há alguns anos, Richard Helms, diretor da CIA entre 1966 e 1973, chegou a declarar que, naquela época, colocar e manter um espião em Moscou era tão difícil quanto mandar um homem para Marte.

Incapaz de vigiar de perto os rivais da Guerra Fria, os diretores da CIA ampliaram o ramo de atuação da agência. Em vez de se concentrar apenas em investigações, ela passou a intervir diretamente na política de diversos países, sempre procurando destruir qualquer possibilidade de aproximação com Moscou. Em pouco tempo, a CIA estaria apoiando grupos rebeldes e desestabilizando governos por todos os cantos do mundo.

O alvo da primeira interveção da CIA foi o primeiro-ministro do Irã, Mohammed Mossadegh. Depois de assumir o poder, em 1951, ele propôs a nacionalização das companhias petrolíferas. A proposta irritou profundamente os ocidentais que lucravam com o petróleo iraniano.

Com 1 milhão de dólares em mãos a CIA contratou uma multidão de pessoas, em especial jovens religiosos, para irem as ruas pedir a queda de Mossadegh – a agência fornecia a elas dinheiro e infra-estrutura (como carros e escrtórios). A um preço de 150 mil dólares, os jornais passaram a criticar o primeiro ministro.

No dia 19 de agosto, o general Fazlollah Zahedi e um grupo de religiosos, liderados pelos aiatolás Ahmed Kashani e Ruhollah Khomeini, levaram centenas de pessoas armadas às ruas. O ataque à guarda de Mossadegh custou 200 vidas.

“Gerações de iranianos cresceram sabendo que o governo americano tinha interferido em sua soberania. No médio prazo, essa ação foi péssima para a imagem dos Estados Unidos no Oriente Médio”, afirma Tim Weiner em seu livro.

Já em 1979, no dia 11 de fevereiro, Adolph Dubs, embaixador americano no Afeganistão, foi seqüestrado por um grupo de rebeldes muçulmanos e assassinado 3 dias depois durante operação de resgate.
Para completar o cenário – e aumentar a preocupação dos Estados Unidos -, a União Soviética se preparava para invadir o Afeganistão. Quando a invasão se tornou óbvia a agência começou a mobilizar agentes de seus escritórios na Ásia para apoiar as tropas de resistência. Até 1988 quando os russos se retiraram do Afeganistão, nada menos que 250 milhões de dólares haviam saído das contas da CIA para as mãos dos rebeldes.

Embora aparentemente tenha contribuído para o fim da União Soviética, a atuação da CIA no Afeganistão teve um lado amargo para os americanos. Enquanto resistiam aos russos, os grupos islâmicos apoiados pela agência tiveram a participação de um milionário saudita chamado Osama bin Laden. Em sinal de gratidão, nos anos 90, ele ganhou abrigo no Afeganistão. A partir dali, planejou uma série de atentados contra os Estados Unidos – que culminaram na derrubada do World Trade Center, em Nova York, em 2001.

Em 1979 Sadam Hussein assumiu o poder no Iraque, ele era visto pelos americanos como um aliado embora não muito confiável. Entre 1980 e 1988, ele obteve polpudos empréstimos americanos para sustentar a guerra contra o Irã. Quando resolveu ivadir o Kuwait, em 1990, Sadam já não contava com a simpatia dos americanos.

Em janeiro de 2002 o diretor da CIA, George Tenet, recebeu a missão de provar que o ditador armazenava “armas de destruição em massa” no Iraque. O objetivo era torna-lo um alvo da Guerra Contra o Terror lançado pelo governo de George W. Bush. O país foi atacado em 2003, viveu momentos de guerra civil e segue ocupado pelos americanos. Saddam foi caçado, julgado e executado. E as tais armas nunca apareceram.


Por: Paulo Santana
Fonte: Aventuras na História

O que há em comum entre a Segunda Guerra e a Apple?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Em 1976, os americanos Steve Jobs e Stephen Wozniak inventaram uma maquina que a imprensa logo começou a chamar de personal computer – “computador pessoal”. Era o primeiro lançamento da empresa deles a Apple (“maçã”, em inglês). O produto deu o pontapé inicial para a popularização dos PCs. Em 2006, o invento completou 30 anos.

Agora respondendo o título desse post, “O que há em comum entre a Segunda Guerra e a Apple?” Nada mais nada menos que o matemático britânico Alan Turing (Londres, 23 de Junho de 1912 - 7 de Junho de 1954), considerado o pai dos computadores, matemático, criptólogo que decifrou as mensagens da máquina Enigma que mandava as ordens de Hitler para seus comandados.

Aos seis anos de idade, o menino Turing aprendeu a ler sozinho em 3 semanas e mostrou grande interesse por números e quebra-cabeças. A genialidade, logo percebida por todos os professores, fez com que fosse matriculado em Sherbone (em Dorset), aos 14 anos. Aos 16 anos conheceu Christopher Morcom, um jovem igualmente genial e primeiro namorado, que morreu em uma epidemia de brucelose. Para honrar a memória de Morcom, dedicou-se ainda mais aos estudos. Foi aceito no King's College, Universidade de Cambridge e foi discípulo de Harold Hardy, matemático famoso. Em 1935, aos 23 anos, Turing foi nomeado professor do King's College, já reconhecido como brilhante pensador.

Em 1938, no seu Doutorado, a tese era sobre o conceito de hipercomputação. Turing imaginou uma máquina capaz de fazer qualquer tipo de cálculo, desde que lhe fossem dadas as instruções necessárias. Não se falava em chips ou processadores, apenas fórmulas matemáticas. Mas ali estava a descrição do que conhecemos hoje como computador.

Decifrando o Enigma

Durante a segunda guerra mundial, Turing foi um dos principais pesquisadores em Bletchley Park - centro secreto do serviço de inteligência britânico. Ali, realizou trabalho fundamental de criptografia, que ajudou a mudar os rumos da segunda guerra mundial: quebrou o código de comunicações entre o alto comando de Hitler.

A máquina de Hitler, chamada Enigma, usava um sistema de engrenagens que misturava as letras - como cartas de um baralho - antes de serem transmitidas pelos telégrafos. Turing imaginou o Colossus - que um biógrafo chamou de "tataravô do PC" - e chegou a decodificar cerca de 50 mil mensagens por mês. Ironicamente um matemático homossexual, literalmente, zombava de Hitler ajudando a abater submarinos e aviões germânicos. Em 1942, foi aos Estados Unidos decodificar os códigos japoneses. A quebra do código do Enigma foi mantida em segredo até os anos 70. Nem amigos mais próximos e nem a família jamais tiveram idéia do que se passou.

Aos 24 anos de idade, consagrou-se com o estudo "Os números computáveis aplicados ao Entscheidungsproblem" (Problema da Solução) publicado em 1936, foi reformulada a lingüagem formal universal para o que se conhece como “Máquina de Turing”: resolve qualquer problema matemático que se possa representar por um algorítmo. Continua sendo uma importante ferramenta para estudos de Matemática Pura. O Pai do moderno computador é considerado, também, o fundador da ciência de computação e o primeiro a desenvolver o conceito de inteligência artificial.

Tempos finais

Em 1952 o namorado, acompanhado de um cúmplice, assalta a casa do gênio. Durante a queixa na delegacia, o policial pergunta como conheceu o acusado. Acontece que, naqueles tempos, assumir a orientação sexual significava receber acusação de “manifesta indecência e perversão", segundo as leis britânicas sobre sodomia. A mídia internacional acompanhou cada segundo do julgamento e informou a sentença: ou dois anos de encarceramento ou um ano de tratamento de “redução da libido”, à base de hormônios femininos. Turing optou pela possibilidade de, livre, continuar trabalhando. Cresceram os seios e muitos outros efeitos secundários da overdose de estrogênios fabricados em ovários femininos.

Consagrado em 1951 como membro da Royal Society de Londres, a partir do episódio de 1952 foi eliminado dos grandes projetos científicos. Na manhã de 8 de junho de 1954, a faxineira que arrumava a casa encontrou o corpo de Turing. Na véspera, revelou a necrópsia, ele havia se deitado e mordido uma maçã mergulhada numa jarra com cianureto de potássio.

Consta que o logo criado para o lançamento da Apple (1977) - uma maçã mordida com as cores do arco íris - seria referência e homenagem da empresa ao cientista, considerado um dos maiores gênios do século XX.

A maior parte de seu trabalho foi desenvolvido na área de espionagem, e por isso somente em 1975, depois de sua morte, veio a ser considerado um grande nome na história da computação.


Por: Paulo Santana
Fonte: Aventuras na História,
http://mixbrasil.uol.com.br, http://pt.wikipedia.org/wiki/Alan_Turing, http://www.universidadenet.com/biografia/alan-mathison.htm

O que você espera de um politico?

O que você espera de um politico?
Que seja capaz de tudo pelo ''bem social'' e seja fiel a sua ''pátria'' e a seus ''compatriotas''?
Que acabe com a violência, a fome e reduza drasticamente as taxas de desmprego?
Ou que faça seu pais crescer como nunca se viu?
Que seja um bom exemplo como cidadão e ligado as causas ambientais?
Que ame mais a sua ''nação''que a si proprio?
Esse é o politico que você deseja?
Cuidado, esse politico pode ser esse homem . . .




Por: Alan Batista

Do Ácido sulfúrico as Chapinhas

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Os cabelos sempre se constituíram como excelente adorno do rosto, tidos historicamente para a mulher como símbolo de sedução e para o homem como demonstração de força. Afrodite cobria sua nudez com a loira cabeleira e Sansão derrotou os filisteus quando recuperou seus fios preciosos.

O desejo de ter cabelos lisos não é exclusividade do mundo moderno, ele acompanha a humanidade desde os tempos dos faraós. Naquela época, cabelos crespos eram domados com banha de porco, sebo e óleo de peixe. No século XVIII, as mulheres lavavam os cabelos com éter e ácido sulfúrico diluídos em água. Esses banhos podiam causar a queda de cabelos e a cegueira. No século XIX, o método usado para domar as madeixas foi pela a ação do calor, através de toalhas molhadas em água fervente e barras de ferro aquecidas em carvão, sob o risco de queimaduras.

Até então, não se sabia a temperatura ideal para a queima dos fios. Só no início do século XX que descobriu-se que a 100˚ C, o hidrogênio presente nos fios evapora, deixando-os lisos.

Em 1906, o engenheiro americano Simon E. Monroe criou um pente elétrico de ferro que era ligado na tomada. Três anos depois, seu conterrâneo Isaak K. Shero, também engenheiro, inventou o flat iron, um protótipo da atual chapinha, que era aquecido em fagareiros.

Mas a moda do alisamento só pegou nos anos 20, quando surgiu, em Paris, o primeiro modelador de cabelo. Era o ferro Marcel, pinça gigante aquecida no fogareiro. A temperatura era controlada empiricamente. Só nos 80 surgiram as chapinhas elétricas, que logo migraram do salão para as casas. Hoje, o artefato tem chapas de turmalina eque diminuem a eletricidade estática nos fios e outras de cerâmica que emitem infravermelho e íons negativos aumentando a durabilidade do penteado. A prática se tornou popular porque é segura e reversível: é só expor o cabelo à umidade que ele volta a ser como antes.

Mas o dermatologista Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo adverte: as pranchas deve ser usada no máximo duas vezes por semana, a 140˚ C, senão o cabelo enfraquece e se quebra.

Cabelos lisos ou crespos, ao meu ver isso não tem muita importância, o que importa mesmo é o que esta por baixo deles, mas um pouco de vaidade não faz mal a ninguém.


Por: Paulo Santana
Fonte:Aventuras na História e Internet

Ironia no Domingo?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Mais ou menos dois anos atrás comprei o famoso livro de Dan Brown – O Código da Vinci. Logo nas primeiras folhas fui pego de surpresa com a nota do autor em uma das paginas onde se intitula “Fatos”. Os escritos das ultimas linhas me chamaram a atenção:

"Todas as descrições de obras de arte, arquitetura, documentos e rituais secretos neste romance correspondem rigorosamente à realidade".

Empolgadíssimo com a leitura do romance, logo perdi o foco central do livro sobre a vida de Jesus e Maria Madalena, fiquei super empolgado com o teor das teses e relatos históricos presente no livro, e em particular, uma das passagens do livro onde Teabing (um dos personagens da trama) cita o Imperador Constantino e o Concilio de Nicéia. Nesse ponto do livro me senti obrigado a repensar alguns assuntos, inclusive porque o Domingo é o dia santo aos cristãos.

Gostaria de deixar bem claro que descreverei teses existentes, a disposição de todos em bons livros e na internet, não minha opinião em particular, cada um tire sua conclusões.

Para entender melhor o assunto a ser abordado, primeiro vamos ver a origem dos nomes dos dia da semana.

Os dias da semana, têm seus nomes na língua portuguesa devido à liturgia católica por iniciativa de Martinho de Dume, que denominava os dias da semana da Páscoa com dias santos em que não se deveria trabalhar. Martinho de Dume considerou indigno de bons cristãos que se continuasse a chamar os dias da semana pelos nomes latinos pagãos de Lunae dies, Martis dies, Mercurii dies, Jovis dies, Veneris dies, Saturni dies e Solis dies, originando os nomes litúrgicos:

Prima Feria Domingo
Feria Secunda Segunda-feira
Feria Tertia Terça-feira
Feria Quarta Quarta-feira
Feria Quinta Quinta-feira
Feria Sexta Sexta-feira
Sabbatum Sábado

Observe que o Sabbatum era originado diretamente do hebreu shabbat (Sabá), de conotação evidentemente religiosa. Para os Judeus o Shabbat seria o dia de descanso ordenado diretamente por Deus.

"Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera". [Gênesis 2:1-3]

O imperador Flávio Constatino (280-337 d.C.), após sua conversão ao cristianismo, mudou o nome de Prima Feria para Dies Dominica, que em português quer dizer "dia do senhor."

A corruptela de feria deu origem à feira. O sentido original permaneceu parcialmente em "feriado" e "férias".

Segundo a tradição cristã Jesus Cristo ressuscitou no Domingo (Dia do Sol, Dies Dominica), o primeiro dia da semana, esse dia passou a ser o Dia do Senhor dos cristãos. Todavia, a expressão Dia do Senhor é mais antiga do que Cristo, haja vista que era usada pelos babilônicos séculos antes com referência ao dia sagrado ao deus Shamash, o sol (o senhor do culto solar).

Portanto, o Dia do Senhor reverenciado no domingo, tem origens na liturgia pagã em reverência ao deus-Sol, e não da reverência ao Deus Hebreu ou Deus Cristão, pois ambos se referiram ao Shabatt (Sábado) como o Dia do Senhor.

Para melhor compreendermos essa confusão entre o Deus dos pagãos e cristãos vamos voltar aos tempos do Imperador Constantino e seu Concilio de Nicéia.

Constantino é talvez melhor conhecido por ter sido o primeiro imperador romano a oficializar o cristianismo, depois da sua vitória da Batalha da Ponte Mílvio, perto de Roma. Ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão a vitória, pois na noite anterior da batalha sonhou com uma cruz, e nela estava escrito em latim "In hoc signo vinces" ("sob este símbolo vencerás"), e de manhã, um pouco antes da batalha, mandou que pintassem uma cruz nos escudos dos soldados e conseguiu um vitória esmagadora sobre o inimigo.

Mas, por outro lado, há um relato que vale a pena ser ressaltado. Na época de Constantino, a religião oficial de Roma era o culto de adoração ao sol – o culto do Sol Invictus, ou do Sol Invencível -, e Constantino era o sumo sacerdote.

Constantino foi pagão a vida inteira, só foi batizado e cristianizado no final da vida. Mas apesar de seu batismo, há dúvidas se realmente ele se tornou Cristão. Ele nunca abandonou sua adoração com relação ao deus Sol (Deus Sol Invicto), tanto que em suas moedas Constantino manteve como símbolo principal o sol.

Constantino promoveu uma famosa reunião ecumênica conhecida como Concílio de Nicéia. Foi a primeira conferência de bispos ecumênica da igreja católica. No verão de 325, os bispos de todas as províncias foram chamados ao primeiro concílio ecumênico em Niceia: um lugar facilmente acessível à maioria dos bispos, especialmente aos da Ásia, Síria, Palestina, Egipto, Grécia, Trácia e Egrisi (Geórgia ocidental). O número dos membros não pode exatamente ser indicado; Atanásio contou 318, Eusébio somente 250.

Nesse concílio muitos aspectos do cristianismo foram debatidos e receberam votação – A questão Ariana, A celebração da Páscoa, O cisma de Milécio, O batismo de heréticos, O estatuto dos prisioneiros na perseguição de Licínio.

Uma outra das decisões do Concílio de Nicéia consistiu na transferência do dia de descanso semanal do Sábado para Domingo.

A cristandade celebrava o shabatt (sabá) judeu no sábado, mas há quem acredite que Constantino mudou isso de modo que a celebração coincidisse com o dia em que os pagãos veneram o Sol.

Talvez por ironia dos interesses da época, a maioria dos fiéis vai à igreja da manhã de domingo até hoje, sem fazer a menor idéia de que estão ali para pagar tributo semanal ao deus-sol, e por isso em inglês o domingo é chamado de Sun-day, ou “dia do Sol”.

Ironia ou não, acredito eu que o que vale é a intenção dos fiéis.


Por: Paulo Santana
Fonte: Internet

Pilates é criação da Guerra

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Criador do método físico era um prisioneiro alemão.

O menino Joseph era frágil. Magro e subnutrido, sofria de bronquite, crises asmáticas e febres reumáticas. Aos 80 anos, Joseph era um senhor famoso, de saúde e conta bancária invejavéis. Tudo graças a uma série de atividades físicas criadas por ele e batizada com seu sobrenome: Pilates - aquela prática que exercita força e flexibilidade com aparelhos cheios de barras e argolas.

Perto de Dusseldorf, Alemanha, onde morava, Joseph Pilates ajudava desde pequeno um médico em suas consultas e lia muito sobre medicina e civilizações antigas, especialmente a grega. Obcecado com a idéia "corpo são mente sã" , ja adolescente tornou-se um versátil esportista.

Em 1912, aos 32 anos, conhecido na região por seus excentricos exercícios, viajou com uma companhia de circo para a inglaterra. Em 1914, quando eclodiu a Primeira Guerra, foi preso por ser de um país inimigo. Pra não ficar parado, colocou todo mundo de seu quarto para suar usando o que tinha à mão, como beliches e cadeiras. No fim de conflito, em 1918, uma epidemia de gripe que matou milhares de pessoas no país poupou os protegidos de Pilates, dando fama a seu método. Em 1926, viajou aos Estados Unidos e montou, em Nova York, o Pilates Studio - academia que se espalharia pelo mundo todo.

Na prisão, ele improvisou

Joseph Pilates não deixou nenhum de seus companheiros de prisão parados, nem os mais debilitados. Se alguém estivesse preso a uma cadeira de rodas, ele a adaptava para seus exercícios. Na cama, usavam-se molas, estrados , barras. Por isso os aparelhos da técnica se assemelham ao móvel.

Graças a seu método, Pilates tinha uma saúde de ferro. Tanto que teria morrido, aos 87 anos e sarado, em um fátidico incêndio em seu estúdio. Quem herdou seus ensinamentos foi sua ex-aluna Romana Kryzanowska, hoje uma velhinha de 84 anos - igualmente saudável.

O método Pilates virou febre mundial

Além dos gregos, quem influenciou Pilates foram os hindus. O método tem uma clara referência à ioga. O negócio do Pilates é o equilíbrio entre mente e corpo e a busca pelo controle do organismo - também é chamado de contrologia.

Nos Estados Unidos, são 10 milhões de praticantes. Entre as celebridades que aderiram ao Pilates estão a cantora Madona e o jogador de golfe Tiger Woods. Aqui no Brasil, Emerson Fitipaldi, Marília Gabriela e dezenas de atores.

O método foi trazido ao Brasil pela chilena Inelia Garcia, em 1997. "Pilates desenvolveu exercícios para as mandíbulas que mascam muitos chicletes e os olhos que vêem muita TV. E ele morreu nos anos 60, quando essas coisas não eram comuns"diz.

Fonte: Aventuras na História por Felipe Van Deursen



A prensa de Gutenberg

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O primeiro post do nosso Blog vem homenagear a prensa de Gutenberg, sem ela hoje não teríamos nossos valiosos livros em abundancia, difundir informação e sabedoria seria muito mais difícil.

Em meados de 1445 o ourives alemão Johannes Gutenberg realizou seu grande sonho. Após anos de pesquisa e trabalho duro, pegou nas mãos seu trunfo em forma de livro, impresso com uma técnica inédita e infalível: a prensa de tipos móveis. A técnica de impressão com moldes não era novidade - já tinha sido iniciada havia 14 séculos na China por meio da impressão de gravuras. Mas agora, com a criação de Gutenberg, que moldara os tipos em um material bem mais resistente e duravél que os usados pelos chineses, ela ficava muito mais eficaz e rápida. A impressão em massa, possibilitada a partir daí, transformaria a cultura ocidental para sempre.

Antes dela, cada cópia de livro exigia um escriba - que escrevia tudo a mão, página por página. Em 1424, por exemplo, a Universidade de Cambridge, no Reino Unido, possuía apenas 122 livros - e o preço de cada um era equivalente ao de uma fazenda ou vinícola. Gutenberg conseguiu, com seu invento, suprir a crescente necessidade por conhecimento da Europa rumo ao Renascimento. A partir do feito, a informação escrita deixou de ser exclusividade dos nobres e do clero. Até 1498, já havia prensas como a dele na Itália, França, Espanha, Holanda, Inglaterra e Dinamarca. Em 1500, cerca de 15 milhões de livros já haviam sido impressos.

Santo Livro

Quase 200 Bíblias foram os primeiros livros impressos.

Logo na primeira remessa, acredita-se que tenham feitas cerca de 135 Biblias de papel e 45 de velino (papel de couro de vitela). Impressas em latim e com letras góticas - imitando a escrita -, suas páginas tinham 42 linhas divididas em duas colunas. Alguma contavam com traços decorativos feitos a mão. Devido à grossura dos exemplares - até 1300 páginas -, cada Bíblia tinha dois volumes.
De todas elas, 48 sobrevivem até hoje em museus de diversos países. Antes delas, Gutenberg imprimiu algumas páginas soltas para testar sua invenção.

O criador

Ao contrário de sua invenção, o sucesso para Gutenberg durou pouco. Já em 1455, o inventor teve de pagar dívidas a Johann Fust, que se tornara seu sócio-investidor. Como a quantia era altíssima, Gutenberg pagou coma própria gráfica e metade da produção das Bíblias impressas.

Por: Paulo Santana
Fonte: Aventuras na História por Fred Linard.