domingo, 24 de fevereiro de 2008
Você acha que a meditação é uma pratica restrita e com ares meio esotéricos? Está mais que na hora de rever essa idéia. A técnica pode e deve ser incorporada às atividades do dia-a-dia. Afinal, é uma ótima aliada para treinar o controle e a concentração da mente, para viver um momento de cada vez e, ainda, estimular a saúde e bem-estar geral do organismo. Ou seja, ela possibilita entender o funcionamento da nossa mente e discernir melhor as situações, o que nos leva a um estado de concentração total. A meditação melhora a qualidade de dos pensamentos e sentimentos, entre eles a compaixão e a empatia. “com a pratica regular, pode-se gerar alterações cerebrais positivas”, diz Eleonora Issler Marsiaj, instrutora de meditação na Associação Palas Athena, de São Paulo.
Principais técnicas
As duas principais técnicas, que podem ser feitas ao sentar ou ao caminhar, desenvolvem a atenção e transformam as emoções destrutivas. A instrutora da Palas Athena afirma que, ao se acomodar de forma estável e confortável em uma almofada ou cadeira, há um “aquietamento” do corpo com a atenção em um interesse escolhido. O foco pode estar na respiração ou na visualização de um símbolo, imagem ou mantra. “Há uma técnica de meditação caminhando, em que a concentração está no ato de andar’’afirma”.
Respiração e postura
Quando meditamos, precisamos dedicar atenção máxima à respiração e à postura corporal. A instrutora afirma que a respiração consciente, regular e pausada, acalma o corpo, revigora o sistema imunológico, tranqüiliza a mente, volta-se para o agora e identifica os padrões mentais recorrentes. “A respiração apresenta três fases: baixa ou abdominal, média ou torácica e alta no alto dos pulmões. A maneira correta de se respirar é expandir inicialmente a parte baixados pulmões como se enchêssemos um copo com água. De forma inversa, ao esvaziar o copo, o volume da água vai diminuir de cima para baixo. Para se respirar de maneira correta, é necessário manter a postura adequada. Com a coluna alongada e o queixo levemente retraído, como se tivesse um fio invisível puxando o topo da cabeça.
Ambiente ideal
Para quem nunca meditou e quer se acostumar com a técnica, a melhor opção é um local tranqüilo, “depois de se familiarizar, leva-se a meditação para o cotidiano, e o ato de lavar uma xícara de café, por exemplo, será motivo para aplicar a essência da pratica”.
A pratica é boa porque . . .
. . . auxilia na liberação de endorfina, um forte tranqüilizante que provoca a sensação de alegria e bem-estar
. . . diminui a produção de adrenalina e cortisol, hormônios secretados em situações de estresse, e de radicais livres, substancias que atuam no envelhecimento.
. . . aumenta a auto-estima, o poder de concentração, a capacidade para aprender coisas novas e o poder do raciocínio. Isso porque o fluxo sanguíneo aumenta na região do cérebro que comanda essas funções.
. . . estimula a tolerância. Meditadores estão mais preparados para lidar com situações difíceis e conseguem se relacionar melhor com os outros.
. . . fortalece o sistema imunológico, que fica mais resistente a doenças psicossomáticas, como gastrite e enxaqueca, e a doenças auto-imunes, como esclerose múltipla e artrite reumatóide.
Por: Alan Batista